UM ESTRANHO NO NINHO (1975)

(One Flew Over the Cuckoo’s Nest) 

5 Estrelas 

Filmes em Geral #8

Vencedores do Oscar #1975

Videoteca do Beto #152 (Filme comprado após ter a crítica divulgada no site e transferido para a Videoteca em 08 de Janeiro de 2013)

Dirigido por Milos Forman.

Elenco: Jack Nicholson, Louise Fletcher, Danny DeVito, Christopher Lloyd, Brad Dourif, William Redfield, Michael Berryman, Peter Brocco, Will Sampson, Dean R. Brooks, Alonzo Brown, Mwako Cumbuka, William Duell, Josip Elic, Lan Fendors e Sydney Lassick. 

Roteiro: Bo Goldman e Lawrence Hauben, baseado em livro de Ken Kesey. 

Produção: Michael Douglas e Saul Zaentz. 

Um Estranho no Ninho foto 5

[Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido o filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].

A sensação de liberdade é algo que independe de onde estamos e de como vivemos. Podemos nos sentir livres de diversas maneiras e em diversos lugares. Da mesma forma, estar preso não quer dizer necessariamente que estamos encarcerados ou cercados por muros e grades. Podemos nos sentir sufocados, cercados, aprisionados, mesmo que estejamos no mais livre dos lugares do planeta. A questão é: temos coragem de lutar para conquistar a liberdade que desejamos? A prisão psicológica de um grupo de pessoas dentro de uma instituição para doentes mentais (ou manicômio) e o caos que “um estranho no ninho” provoca naquelas vidas é o fio condutor do belíssimo drama dirigido por Milos Forman e estrelado brilhantemente por Jack Nicholson.

O condenado Randle Patrick McMurphy (Jack Nicholson) se passa por louco para evitar trabalhar no campo e acaba sendo transferido para um manicômio, onde vai alterar a rotina dos presentes e entrar em conflito com as rígidas normas de controle estabelecidas pela instituição e seguidas à risca pela enfermeira Mildred Ratched (Louise Fletcher). Ao despertar os pacientes e provocar a revolta deles contra estas regras ele irá encontrar também seu trágico destino.

O cotidiano de uma instituição responsável pela reabilitação de pessoas com problemas mentais não deve mesmo ser nada fácil. Afinal de contas, conviver diariamente com pessoas das quais não sabemos que comportamento esperar é algo um tanto complicado e perigoso. Por outro lado, deve ser gratificante para qualquer profissional da área quando alguém deste grupo apresenta alguma evolução, o que serve de motivação para enfrentar este clima pesado diariamente. Sendo assim, não podemos condenar os rígidos métodos adotados pela instituição e seguidos fielmente pela enfermeira Ratched na tentativa de controlar a situação, o que estava sendo feito com sucesso até a chegada de alguém que, por motivos óbvios, não seguirá as regras do local e, conseqüentemente, provocará o conflito naquele ambiente. Milos Forman acerta em cheio na utilização de muitos closes, que realçam as expressões marcantes daquelas pessoas perturbadas psicologicamente, em contraponto às longas tomadas sem corte que permitem ao espectador apreciar em detalhes a espetacular atuação coletiva do elenco. O diretor é hábil ao explorar as maravilhosas atuações de um elenco incrivelmente talentoso, como no diálogo final entre a enfermeira Ratched e Billy Bibbit (Brad Dourif), realçando as expressões dos dois. Além disso, faz interessantes movimentos de câmera, como na cena da votação, que inicia com um close no sorridente McMurphy, e que lentamente vai se afastando dele para mostrar que o resultado da votação não foi nem de perto o esperado por ele. Forman também é competente ao nos dar algumas dicas do que vai acontecer durante o filme de forma sutil. Observe, por exemplo, como na cena em que McMurphy diz para o grupo que vai assistir ao jogo, arremessando a pia na janela e fugindo, o rápido close no olhar curioso do Chefe Bromden (Will Sampson) sinaliza para o espectador o emocionante final do drama. Em outra oportunidade, podemos notar McMurphy olhando para um esquilo que caminha tranquilamente na cerca, mostrando que não é elétrica, e no plano seguinte vemos o ônibus saindo do local, o que se revela um bom artifício para justificar uma atitude que McMurphy tomaria depois.

Um Estranho no Ninho foto 3

O ótimo roteiro de Bo Goldman e Lawrence Hauben (baseado em livro de Ken Kesey) desenvolve muito bem os diversos personagens, além de contar com um final bastante corajoso (note também um interessante trocadilho em inglês – “Se Felt See” – quando McMurphy fala com Sefelt – William Duell). Com um excelente roteiro nas mãos, Forman permitiu ao elenco mostrar todo o seu brilhantismo. E poucas vezes tivemos uma performance tão uniforme e qualificada. Todo o elenco de “Um Estranho no Ninho” é, no mínimo, sensacional. A começar pela atuação antológica de Jack Nicholson. Podemos notar logo em sua primeira aparição, quando grita de alegria ao tirar a algema e dá um beijo no guarda antes de entrar dançando pelo corredor, que seu trabalho é perfeito. O filme é dele. Sua atuação é tão espetacular que fica até difícil destacar algum momento em especial. Solto, alegre, perfeccionista, Jack trabalha em cada pequeno detalhe da composição do personagem, como podemos notar no tom de voz baixo enquanto conversa com o médico, o olhar que nunca se fixa em um ponto, o pigarro na garganta, o sorriso com o que o médico fala e o soco na mesa quando o médico menos espera, para matar uma mosca talvez. Jack é competente também ao mostrar sua alegria quando ouve o Chefe falar pela primeira vez, mostrando a felicidade de McMurphy ao perceber que existe alguém ali parecido com ele, que não se enquadra naquele lugar e não se conforma em aceitar aquele destino. Nos momentos tristes e tensos, o ator se mostra igualmente talentoso, como na hora da medicação em que ele olha cinicamente para a enfermeira, e na cena em que parte pra cima de Ratched após a morte de Billy. O embate entre os dois, aliás, é um prato cheio para mostrar o talento de Jack e Fletcher. Repare como ele ri do gesto que Harding (William Redfield) faz quando pergunta se é marica. Ele repete o gesto e gargalha da discussão, mas lentamente vai ficando sério e percebendo que o problema daquelas pessoas é maior do que ele pensava. No final da cena, McMurphy e Ratched se olham fixamente. Os dois sabem que enfrentarão problemas. Louise Fletcher, aliás, é muito competente ao transmitir toda a firmeza e rigidez de Ratched. Seu olhar intimida e sua frieza na solução dos problemas chega a ser espantosa. Na citada cena da votação, ela sorri levemente com o resultado, como quem está só comprovando algo que já sabia que aconteceria. Os métodos da enfermeira Ratched são frios, cruéis até, mas ela acredita ser a forma correta de liderar e controlar aquele grupo e, apesar de entender as razões de Ratched, não somos obrigados a concordar com estes métodos. A presença de McMurphy representa o caos naquele grupo, já que ele tem as atitudes inesperadas, quebra a rotina e ativa um lado praticamente adormecido naquelas pessoas, o que gera um problema para ela. Por outro lado, não podemos considerar que a enfermeira seja uma má pessoa, como fica comprovado na reunião dos médicos em que Ratched diz querer ficar com McMurphy e não simplesmente passar o problema adiante.

Um Estranho no Ninho foto 2

O restante do elenco não fica atrás da dupla principal. A primeira discussão em grupo gera uma gritaria e histeria geral, mostrando a loucura do grupo e nos situando no ambiente. Brad Dourif é, talvez, o maior destaque entre eles. Sua gagueira ao falar mostra a timidez de Billy e seu final trágico é marcante, com sua atuação fantástica no momento em que é levado para a sala, explodindo em raiva e medo (Ratched olha firme para McMurphy, culpando-o). Danny DeVito, como Martini, também se destaca, praticamente fechando os olhos pra falar e quase sempre olhando pra baixo, mostrando insegurança. Observe como em uma das reuniões com a enfermeira Ratched, DeVito fica olhando para o chão até ser chamado. Sydney Lassick, como Cheswick, e Christopher Lloyd como Taber, também merecem ser citados. Will Sampson fecha a lista de destaques como o Chefe Bromden, sempre com o olhar disperso e com os movimentos lentos. Repare como lentamente ele mostra que gosta de McMurphy, como na cena em que ri após o amigo pular a cerca, ou com sua alegria no jogo de basquete e, mais claramente, quando se envolve na briga de McMurphy com os enfermeiros.

A excelente montagem de Sheldon Kahn e Lynzee Klingman capta todo o elenco, destacando todas as belas atuações. Observe, por exemplo, como a montagem consegue mostrar alternadamente todos os presentes nas cenas de discussão em grupo sem soar picotada. A direção de fotografia (direção de Haskell Wexler) e os figurinos (mérito de Aggie Guerard Rodgers) utilizam muito a cor branca, que teoricamente deveria passar uma sensação de paz, mas que naquele ambiente estranhamente nos causam uma sensação de isolamento. A clássica e melancólica trilha sonora talvez colabore para esta sensação, funcionando muito bem naquele ambiente triste.

Extremamente emocionante, o filme conta com algumas cenas belíssimas e tocantes. A comovente cena do jogo de beisebol mostra o primeiro conflito evidente provocado por McMurphy e conta com uma narração convincente de Nicholson. A divertida cena da pescaria também é linda, principalmente por seu simbolismo. Apesar de contar com boas intenções, talvez o que os médicos não tenham percebido é que, mais do que regras e controle, aquelas pessoas precisavam mesmo é de carinho. O longa conta ainda com alguns momentos de alivio cômico, sendo o melhor deles quando McMurphy volta da enfermaria fazendo uma brincadeira com o grupo. Contém ainda uma crítica implícita ao cruel sistema destas casas de recuperação, quando o enfermeiro diz pra McMurphy que na cadeia ele sairia em breve (68 dias), mas lá ele só sai quando eles quiserem. Por outro lado, alguns dos pacientes poderiam deixar o local, mas não o fazem, o que reforça a tese da prisão psicológica do início desta crítica.

Um Estranho no Ninho foto 4

Ao se aproximar do final, “Um Estranho no Ninho” nos apresenta sua face mais cruel. A festa de despedida de McMurphy representou uma liberdade que o grupo não tinha por motivos óbvios. Talvez o que faltava naquele ambiente era mesmo um pouco de alegria, mesmo que não fosse daquela forma exagerada. Todo o terceiro ato, com o suicídio de Billy, a briga coletiva, a tentativa de McMurphy de assassinar Ratched, a morte de McMurphy e a fuga do Chefe têm um grande impacto e elevam ainda mais a qualidade do filme. Na seqüência final Will Sampson transmite muita emoção quando olha para McMurphy sorridente e, ao ver as cicatrizes do amigo, seu sorriso some. Ele o abraça comovido e toma a atitude que entende ser a melhor naquela situação, pois não agüentaria sair de lá sabendo que a pessoa que lhe trouxe a coragem para mudar sua vida ficaria ali daquela forma para sempre.

Ao ver o Chefe Bromden sair correndo pelo campo, sentimos um misto de alegria e tristeza. A morte de McMurphy serviu para despertar o inconformismo naquelas pessoas e levar pelo menos uma delas a sair daquela situação. Se por um lado não podemos condenar os métodos adotados pela instituição para controlar o grupo, por outro não podemos negar que é bom ver alguém que simplesmente não aceita esta imposição, tendo coragem de levantar uma bandeira e lutar por algo melhor. A lição maior que eu particularmente extraí do lindo drama “Um Estranho no Ninho” é que devemos sempre ficar atentos aos nossos direitos e lutar por eles, independente do lugar em que estamos. 

Um Estranho no Ninho 

Texto publicado em 26 de Outubro de 2009 por Roberto Siqueira

44 comentários sobre “UM ESTRANHO NO NINHO (1975)

  1. alefernandes 7 janeiro, 2018 / 9:33 pm

    Caro Roberto, tudo bom?
    Acabei de ver o filme na Netflix. Pena ter esperado tantos anos para assisti-lo. É uma obra prima.
    Muito obrigado por compartilhar sua crítica, gostei das análises que fez dos personagens.
    Só discordo do ponto de vista sobre as razões que levaram a enfermeira a manter o paciente sob seus domínios. Se ela era ótima profissional e estava em contato próximo com o paciente, obviamente perceberia que ele não era, de fato, uma pessoal louca, mandando-o de volta à prisão.
    Curiosamente ela não o faz, o que me deixou com a impressão de ser um tanto sádica mesmo. O que acha?

    E ler os outros comentários é muito interessante também. obrigado a todos.

    Um abraço !

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    • Suzana 24 fevereiro, 2018 / 12:33 am

      Eu também achei a enfermeira muito sádica e capciosa, não a enxerguei com a mesma generosidade da crítica, confesso. A princípio ainda desconfiei de um interesse pessoal dela, mas conforme o filme foi acontecendo vi que ela era profissional demais pra se envolver com ele, e muito sádica e capciosa.

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  2. Ana 1 julho, 2017 / 12:02 am

    O filme é de Louise Fletcher. Jack Nicholson se sai bem em papéis sarcásticos porque é sarcastico… Mas Louise vai de uma nuance a outra com sutileza. Frieza, maldade, decepção, sentimento de ser humilhada…Ela é notavel! Não recorre a lugares-comuns na interpretação, passa tudo com o olhar. E que olhar! Magnifica!

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  3. Ana 17 junho, 2017 / 11:39 pm

    Myito boa e bem real a análise de ” Um Estranho no Ninho” e da enfermeira Ratched. Só acho que Louise Fletcher foi magnífica; Jack Nicholson apenas obvio. Louise teve mais diversidade de cenas densas.

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  4. MARCOS S. CAMARGO 11 fevereiro, 2017 / 2:29 am

    “SEGURAMENTE,” UM ESTRANHO NO NINHO” FOI UM DOS MELHORES FILMES QUE JÁ ASSISTI. NÃO DÁ PRA NÃO SE SITUAR EM ALGUM DAQUELES PERSONAGENS… HÁ MOMENTOS LINDOS, CÔMICOS E DE EXTREMA MELANCOLIA. NO FINAL, TENHO A IMPRESSÃO DE UM VAZIO DOLOROSO, COM A MORTE DE UM “HEROI BANDIDO!” – UMA MAGNÍFICA OBRA CINEMATOGRÁFICA.” – M.S.C.

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  5. Rafa 10 setembro, 2016 / 11:55 am

    Outro ponto interessante é o das profissões que lidam com este pessoal, não sabem distinguir o que é loucura de sanidade. Tratam todos com o mesmo parâmetro, infelizmente a psiquiatra age assim.Se você colocar seus parentes num sanatório se lúcidos serão considerados loucos e pior tornaram se com o tempo devido ao convívio intenso, cenas do filme mostram isso. Na melhor das hipóteses, sairão e vão tomar remédio para o resto de seus dias, mesmo sem um diagnóstico consiso , porque simplesmente não há, é tudo clínico e torna o diagnóstico subjetivo e pessoal, sendo assim cai na rotina, “está lá é louco, passou por lá será sempre louco”.

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    • Anônimo 12 junho, 2016 / 2:02 am

      essa foi a melhor discussão que achei, e queria muito expressar e ouvir sobre uma hipótese que tenho da trama:

      Em uma cena em que Mac faz um convite de fuga recusado por Chefe para sair fora, chefe conta que o pai dele uma vez bebeu tanto que fez ele curvar e hoje nem os cães os reconhecem.
      Mac pergunta se o mataram, chefe repete e responde que “deram um jeito no seu pai, da mesma forma que estao dando com ele”

      Acho que Chefe so estava lá por que o seu pai era um personagem secundário, que aparece algumas vezes, todo desfigurado, cicatrizes, retardo (igual Mac no final) e também com estatura grande, parecida com a seu suposto filho Chefe

      Acredito que o pai do Chefe possa ter bebido demais e ter tido problemas com a enfermeira (como o Mac teve – ou uma tentativa de estupro por exemplo) e teve a dura condenação que Mac e o pai de Chefe compartilharam. Acredito que o diretor da pequenas disso em algumas cenas. Mac foi sincero ao dizer que não gostava na enfermeira por que ela não era justa.

      Isso aí, como é só uma teoria, gostaria de compartilhar e ouvir opiniões.

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    • Yago Stevan 12 junho, 2016 / 2:03 am

      foi a melhor discussão que achei, e queria muito expressar e ouvir sobre uma hipótese que tenho da trama:

      Em uma cena em que Mac faz um convite de fuga recusado por Chefe para sair fora, chefe conta que o pai dele uma vez bebeu tanto que fez ele curvar e hoje nem os cães os reconhecem.
      Mac pergunta se o mataram, chefe repete e responde que “deram um jeito no seu pai, da mesma forma que estao dando com ele”

      Acho que Chefe so estava lá por que o seu pai era um personagem secundário, que aparece algumas vezes, todo desfigurado, cicatrizes, retardo (igual Mac no final) e também com estatura grande, parecida com a seu suposto filho Chefe

      Acredito que o pai do Chefe possa ter bebido demais e ter tido problemas com a enfermeira (como o Mac teve – ou uma tentativa de estupro por exemplo) e teve a dura condenação que Mac e o pai de Chefe compartilharam. Acredito que o diretor da pequenas disso em algumas cenas. Mac foi sincero ao dizer que não gostava na enfermeira por que ela não era justa.

      Isso aí, como é só uma teoria, gostaria de compartilhar e ouvir opiniões.

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  6. Michel do Vale 24 dezembro, 2015 / 1:40 am

    Muito boa crítica! só discordo sobre a enfermeira, nesse aspecto concordo com a natália. Você menciona que “não podemos considerar que a enfermeira seja uma má pessoa, como fica comprovado na reunião dos médicos em que Ratched diz querer ficar com McMurphy e não simplesmente passar o problema adiante.” O que eu vi nesta cena foi a vontade dela ter o McMurphy nas mãos, ela sabia que se ele voltasse para a prisão em pouco tempo ele seria liberado, e ali ele ficaria nas mãos dela o tempo que eles quisessem, fato comprovado com a fala do outo enfermeiro logo em seguida para McMurphy!

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  7. Ilson Dias 14 novembro, 2015 / 6:17 pm

    Engraçado como nós vamos passando pelos comentarios e vendo opiniões distintas. Isso é explicado explicitamente por GESTALT. Vários profissionais da área, na época com certeza achariam normal a atitude da enfermeira, existe uma realidade normal e existe a realidade que criamos, tendemos a nos envolvermos de uma forma intensa com o ator dando risadas das suas gracinhas e tudo mais. Mas vamos parar pra pensar: Roubar um ônibus cheio de doidos botando todos em perigo, enbebedar os malucos podendo resultar em coma alcoólico etc.. Afinal, ele estava ali por que havia cometido algum crime, ou seja, representava, SIM, perigo pra sociedade. Claro que hoje, depois de 2008 (projeto genoma) já se sabe que esse modo de internação já se tornou obsoleto, tanto é que foi abolido. Mas na épocatentavam fazera o bem, errando.
    Ilson Dias

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    • Roberto Siqueira 15 novembro, 2015 / 11:09 pm

      Obrigado pelo comentário Ilson.

      Abraço.

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  8. Douglas 28 junho, 2015 / 5:58 am

    Mas o que seria aquela cicatriz na cabeça de McMurphy, que o fez ficar permanentemente daquela forma? A que ele foi submetido? Desconheço e gostaria de saber 🙂

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    • Valeria Yasmine Vicente 19 julho, 2015 / 8:46 pm

      Provavelmente, submeteram ele a uma lobotomia. É uma cirurgia que antigamente era feita principalmente nos casos de esquizofrenia para deixar a pessoa “mais calma”, so q na verdade esta cirurgia, ao retirar o lobo frontal, deixava a pessoa sem autonomia, personalidade, enfim, a pessoa continuava viva, mas quase como um vegetal.

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    • Ilson junior 14 novembro, 2015 / 5:58 pm

      Lobotomia – era feito muito na época. Acreditavam que “curava”. Mas deixava as pessoas retardadas

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  9. Jack 10 dezembro, 2014 / 5:24 am

    Ninguém pode dizer que ele não tentou não é mesmo? Grande atuação do Nicholson mereceu o oscar sem dúvidas! Muito boa a resenha tbm!

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  10. Luis Ribeiro 14 julho, 2014 / 11:51 pm

    bela análise!! A essência de Mcmurphy e Chefe Bromden agora estaria junta, em um só corpo. A fotografia final do campo, por onde foge Bromden, metaforizando a liberdade, desfecha muito bem essa obra.

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  11. José Carlos 9 janeiro, 2014 / 9:38 am

    Gostei muito da análise cinematográfica do Roberto Siqueira. Comentou com precisão e muita felicidade as perfeitas atuações dos autores e da direção genial de Forman. No entanto, na análise sobre a instituição psiquiátrica e nas atitudes dos médicos e da enfermeira chefe me pareceu um pouco ingênuo, nesse ponto acho a análise da Natália Fernandes foi mais perspicaz, percebendo o sadismo e o gosto pelo poder da enfermeira e as perversões que a instituição e o cargo lhe possibilitavam realizar.

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    • Roberto Siqueira 11 janeiro, 2014 / 8:38 pm

      Obrigado pelo comentário José e agradeço o elogio.
      Um abraço e volte sempre.

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  12. Mateus 9 dezembro, 2012 / 7:23 pm

    Concordo com a Natalia, a enfermeira realmente queria dar pro McMurphy

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  13. natalia fernandes 15 setembro, 2012 / 12:52 am

    Minha análise sobre a postura da enfermeira é de que ela é maquiavélica e sádica. Sua autoridade incontestável passa a ser abalada com a chegada de Mac, a partir daí revelando sua capacidade de fazer o mal silenciosamente. Ela sabe que Mac não tem problema mental algum, e na reunião com os médicos ela sugere que ele permaneça porque já percebeu que haveria confronto e ela quer isso. Sua aparente estabilidade emocional frente às varias cenas de confusão que Mac causa revela que ela quer revidar as tentativas de alteração da estabilidade de um modo que o prejudique indiretamente. ela nunca dá broncas diretas, mas por conta dela, eles tomam choque, deixam de assistir ao jogo (porque a maioria votou contra!).
    Na cena em q um paciente começa a ter opinião própria e pede por seus cigarros, ela alega que eles foram racionados porque estavam sendo perdidos para Mac em apostas. Levando em consideração que ela deveria prezar pelo conforto psicologico dos pacientes, bastava ela dar os cigarros a ele, evitando que ele ficasse tão estressado (a essa altura ja estava claro que ela adorava ver o circo pegar fogo)
    orgulhosa cigarro
    Tem também a maldade fatal que ela faz, no final, ao ameaçar contar para a mãe de Billy que ele dormira com uma mulher. De acordo com a situação e com o histórico do garoto, haveria necessidade de ameaçá-lo daquela forma? Quando Billy revela que o culpado foi Mac, ela decidade que sim.
    Até onde me lembro todos os atos que causaram danos físicos ou psicológicos dentro da ação do filme partiram do livre arbítrio da enfermeira, me levando a concluir que não, a instituição de saúde no caso não tem nada a ver com a moral da história, e que Mac não estava nem perto de “levantar bandeiras”. Suas ações foram para tentar sacudir as pessoas “loucas” sem tentar liderar, mas apenas sendo espirituoso e “cheio de energia” naturalmente. Tem mais a ver com interação pessoal que com social.
    minha observação final: no fundo, ela queria mesmo era dar pro jack nicholson.

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    • natalia fernandes 15 setembro, 2012 / 12:55 am

      queria poder editar o texto e tirar esse cigarro orgulhoso do meio, mas agora já foi :b

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    • Roberto Siqueira 3 outubro, 2012 / 10:41 pm

      Sem problemas, dá pra entender tranquilamente.
      Abraço.

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    • Roberto Siqueira 3 outubro, 2012 / 10:41 pm

      Olá Natalia,
      Não sei o que ela queria fazer com o Jack (rs), mas gostei do seu comentário.
      Abraço e volte sempre!

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    • alefernandes 7 janeiro, 2018 / 9:35 pm

      ótimas observações!
      Pra mim a mulher era ruim mesmo.

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  14. cross98 1 abril, 2012 / 7:06 pm

    É um bom filme , mas ele fica cansativo, mas no fim, o fim é incrivel. É um ótimo filme , mas omeu preferido do Milos Forman é Amadeus

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    • Roberto Siqueira 20 abril, 2012 / 10:34 pm

      Um filmasso e uma atuação hipnótica do Nicholson.
      Amadeus é quase uma obra-prima.
      Abraço.

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    • cross98 5 maio, 2012 / 2:09 pm

      pra mim Amadeus é obra prima

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    • Roberto Siqueira 9 maio, 2012 / 11:04 pm

      Pode ser mesmo, filmasso.
      Abraço.

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    • cross98 30 maio, 2012 / 10:16 pm

      Etou curioso para saber o que que é uma lobotomia, que é o que fazem com o cara no filme, vc sabe o que é isso e pode me explicar?

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  15. Calil 30 junho, 2011 / 5:35 pm

    O filme “Um estranho no Ninho” nos mostra que a enfermeira Ratched tratava os doentes mentais do manicômio como “doentes mentais”, diferentemente de McMurphy que tratava seus colegas como seres humanos repletos de sentimentos, o que fez com que todos o respeitassem no manicômio.

    A morte, no caso de McMurphy, seria a melhor forma de escapar dessa realidade negra, irônica e mórbida em que vivia. Filme muito bom!!!!

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    • Roberto Siqueira 30 junho, 2011 / 9:39 pm

      Olá Calil,
      Obrigado pelo ótimo comentário.
      Grande abraço.

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  16. Augusto 27 outubro, 2009 / 11:09 am

    Como vai meu amigo.
    Tenho esse filme e adoro, acredito que ele mostra como uma “Boa intenção” nem sempre é tão boa assim..

    Um ponto interessante para mim é que a enfermeira realmente quer ajudar os pacientes mas com seu autoritarismo não enxerga melhoras visíveis, principalmente em Billy que após passar a noite com uma mulher se mostra muito mais confiante, para logo depois ser ameaçado pela enfermeira “Contarei tudo para sua mãe Billy” e voltar ao estado inicial.

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    • Roberto Siqueira 27 outubro, 2009 / 7:24 pm

      Tudo bem Augusto. Saudades do grupo.
      É verdade, interessante seu comentário! Belíssimo filme.
      Abraço!

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    • alefernandes 7 janeiro, 2018 / 9:38 pm

      Concordo! O cara começou a falar sem gaguejar e quando foi interpelado sobre o que sua mãe acharia daquilo ele voltou a gaguejar.

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  17. Mandy Intelecto 27 outubro, 2009 / 8:03 am

    Finalmente você voltouuuuu…..tava com saudade já!!! Rs*

    Feriadoooo chegando!!!

    Bjooo

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    • Roberto Siqueira 27 outubro, 2009 / 7:22 pm

      Tentando voltar. Aos pouquinhos vou conseguindo.
      Já estou em feriado prolongado! rsrs
      Beijo.

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