Seguindo minha comparação entre o vencedor do Oscar de Melhor filme e aquele que eu considerei como a melhor produção do ano, chega à vez do ano de 1996 (Premiação em 1997).
E finalmente, pela primeira vez desde que comecei a escrever sobre os filmes cronologicamente, a revisão me fez mudar de opinião. Sim, eu continuo achando “O Paciente Inglês” um ótimo filme, mas já não o considero o melhor do ano. Ano, aliás, que teve uma safra bem inferior aos anteriores, o que talvez justifique a enxurrada de prêmios que o bom filme de Anthony Minghella recebeu. Mas o fato é que mesmo com dramas pesados e sensíveis como “Segredos e Mentiras” e “Shine”, o surpreendente “As Duas Faces de um Crime”, o explosivo (e ótimo!) “Missão: Impossível” (que jamais seria sequer indicado), o belo “O Corcunda de Notre Dame”, o polêmico “O Povo contra Larry Flynt” e os divertidos “Pânico” e “Trainspotting – Sem limites” no páreo, o melhor filme do ano é mesmo o criativo “Fargo”, que só confirma o talento assombroso dos irmãos Coen, comprovado inúmeras vezes nos anos seguintes.
Porque “Fargo” é melhor?
Não é difícil compreender porque “O Paciente Inglês” levou tantos prêmios. Tecnicamente, o filme de Minghella é deslumbrante, o que, aliado a um elenco talentoso, ao seu tom épico e à sua abordagem clássica de uma trágica história de amor, compõe uma formula praticamente infalível de conquistar o coração da Academia. Se considerarmos ainda a falta de concorrentes de peso e o já conhecido lobby da Miramax, fica difícil pensar que o resultado poderia ser outro. Mas, de fato, poderia, se o humor cínico e ácido dos irmãos Coen já fosse palatável para os padrões Hollywoodianos da época. Não era. Mas o fato é que “Fargo” é um show de eficiência narrativa, com sua história simples e interessante sendo contada de maneira divertida e inteligente, recheada de ótimas atuações e com o toque especial que só os Coen conseguem dar. Meu voto do ano, sem dúvida alguma.
E pra você, qual o melhor filme de 1996 e por quê?
Um abraço e bom debate.
Texto publicado em 15 de Dezembro de 2012 por Roberto Siqueira
Já te falei qual o meu favorito, é O Corcunda de Notre Dame, da Disney.
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Um ótimo filme. Revi recentemente e gostei bastante.
Abraço.
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Tenho que rever quase todos os concorrentes desse ano, porém, de bate pronto, Jerry Maguire seria minha escolha para melhor filme.
E para melhor direção escoheria Brian De Palma. Considero Missão: Impossível um primor de direção.
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Olá Jorge.
Como expliquei em minha crítica recentemente divulgada, gosto moderadamente de “Jerry Maguire”.
Já “Missão: Impossível” eu também considero uma aula de direção, como acontece em muitos filmes do De Palma, aliás.
Um abraço.
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Boa noite Roberto bom em primeiro lugar considero a safra de 96 a mais fraca da década de noventa agora hei de concordar contigo argo na minha opinião e o melhor filme do ano um bom elenco ,ótimo roteiro dos Irmãos coen além de contar uma historia seria com um humor fora do comun.
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Uma das mais fracas realmente. Acho que minhas notas refletiram minha opinião.
Um abraço e obrigado pelo comentário.
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