Sou um nostálgico por natureza. Adoro gravar momentos marcantes e revê-los muito tempo depois. Quando viajo ou quando organizo um grande evento, tenho o hábito de filmar e tirar muitas fotos, somente para registrar um momento que, certamente, vou querer ver novamente no futuro.
Mas gravar eventos é normal, você pode afirmar. E eu responderei que não faço apenas isto, mas também tiro fotos de coisas banais, como por exemplo, uma porta, uma maçaneta ou até mesmo uma rua que achei diferente em San Gimignano (Itália), somente porque, ao rever aquela foto, sinto estar sendo transportado novamente para aquele momento que me marcou.
Este raciocínio também se aplica ao esporte, o que me leva a gravar não apenas os grandes jogos do meu time e da seleção, mas, por exemplo, todos os gols das Copas do Mundo, algumas entradas em campo e hinos nacionais e até mesmo matérias de bastidores da Copa. Para mim, rever tudo aquilo anos depois é um grande prazer.
E assim também acontece com o Oscar, uma cerimônia quase sempre chata, quase sempre longa demais e com grandes injustiças registradas ao longo da história. Além disso, uma cerimônia muito mais comercial que artística, que não vale como garantia de qualidade, e que, apesar de premiar bons filmes, costuma me deixar mais irritado do que feliz (este ano, por exemplo, a vitória de “O Discurso do Rei” me deixou aborrecido por alguns dias).
Pra que gravar então a chata, longa e injusta cerimônia do Oscar? Simples. Para rever o momento de glória (sim, é glorioso!) de alguns dos atores, atrizes, diretores, etc., que eu gosto muito. E eu realmente me divirto ao rever, seja em DVD, seja no Youtube (onde encontro muitas das premiações que não consigo mais restaurar as fitas), o momento do anúncio, por exemplo, da vitória de Martin Scorsese, Robert de Niro, Meryl Streep, Morgan Freeman, Jodie Foster, etc.
Na última semana, ao rever os vídeos do Oscar 1996 (estou começando a assistir os filmes de 1995 pra escrever e isto me motivou a rever trechos daquela cerimônia), me lembrei de um momento engraçado envolvendo o talentoso Jim Carrey e resolvi compartilhar com vocês. Carrey foi convidado para entregar o prêmio de melhor fotografia e entrou no palco fazendo uma brincadeira com um sucesso da época, a animação “Toy Story”. Criativo, Carrey fez uma piada envolvendo os bonecos do filme e o clássico “Perdidos na Noite”, estrelado por Jon Voight e Dustin Hoffman. Veja o vídeo:
*Desculpem, mas não encontrei o vídeo sem tradução simultânea.
Espero que gostem. Um grande abraço.
Texto publicado em 02 de Agosto de 2011 por Roberto Siqueira