O MUNDO PERDIDO: JURASSIC PARK (1997)

(The Lost World: Jurassic Park)

3 Estrelas 

Videoteca do Beto #178

Dirigido por Steven Spielberg.

Elenco: Jeff Goldblum, Julianne Moore, Pete Postlethwaite, Richard Attenborough, Vince Vaughn, Arliss Howard, Vanessa Lee Chester, Camilla Belle, Peter Stormare, Richard Schiff, Joseph Mazzello e Mark Pellegrino.

Roteiro: David Koepp, baseado em livro de Michael Crichton.

Produção: Gerald R. Molen e Colin Wilson.

O Mundo Perdido - Jurassic Park[Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido ao filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].

Preocupado com a possibilidade da franquia “Jurassic Park” seguir o mesmo caminho de “Tubarão” (ou seja, ser deturpada nas mãos de pessoas menos talentosas), Steven Spielberg decidiu dirigir a continuação “O Mundo Perdido: Jurassic Park” quatro anos após o primeiro filme assombrar o mundo com seus efeitos visuais espetaculares e sua história envolvente. No entanto, as semelhanças entre o primeiro e o segundo filme se restringem apenas aos efeitos visuais assombrosos, já que apesar de contar com algumas cenas marcantes, esta sequência é bastante inferior tanto nos aspectos narrativos quanto no carisma de seus personagens.

Escrito novamente por David Koepp baseado em livro que o próprio Spielberg pediu para Michael Crichton escrever, “O Mundo Perdido: Jurassic Park” tem início quando o Dr. Ian Malcolm (Jeff Goldblum) é chamado para conversar com John Hammond (Richard Attenborough) e descobre que sua namorada, a Dra. Sarah (Julianne Moore), havia sido enviada para uma ilha conhecida como “Sítio B”, vizinha daquela onde o antigo Parque dos Dinossauros se localizava e que era utilizada na criação dos animais. Acompanhado de uma equipe, ele chega ao local com a missão de estudar os dinossauros, mas outra equipe comandada por Roland Tembo (Pete Postlethwaite) invade a ilha com a intenção de capturá-los e levá-los para San Diego, onde um novo Parque seria inaugurado.

Expondo o que aconteceu entre o final do primeiro filme e o ponto de partida deste segundo através de um diálogo expositivo nada orgânico, David Koepp constrói um arremedo de narrativa que se transforma numa boa aventura graças ao talento de Spielberg atrás das câmeras. Ainda assim, o roteirista resgata alguns pontos interessantes do longa original, como as tiradas engraçadas de Ian que, por outro lado, acabam tirando um pouco da humanidade do personagem em alguns instantes, como por exemplo quando ele pede ironicamente três cheeseburgers pendurado num penhasco – e, pra piorar, é acompanhado na piada pelos outros dois personagens que se encontram à beira da morte. Em parte, a culpa é também de Jeff Goldblum, que desta vez ganha mais espaço na narrativa, mas não consegue reverter os problemas do roteiro e convencer como um pai ou namorado realmente preocupado.

Pra piorar, Koepp tenta conferir profundidade dramática ao protagonista através de conflitos que jamais convencem com sua filha Kelly (Vanessa Lee Chester) e a namorada Sarah, o que, somado ao comportamento deles em situações de alto risco, cria personagens rasos e inverossímeis, dificultando nossa identificação com aquele grupo. Ao menos, Spielberg corrige parcialmente esta falha ao criar cenas tensas o bastante para nos envolver, independente do grau de envolvimento que temos com os personagens. Quem também ajuda é Julianne Moore, que compõe a Dra. Sarah com mais competência, convencendo como alguém realmente apaixonada pelo que faz – repare sua expressão de alegria ao constatar que a mamãe T-Rex estava mesmo à procura do filhote. Sua personagem serve também para apresentar ao espectador conceitos e características importantes dos dinossauros, o que aumenta a tensão quando eles surgem por já sabermos os atributos mortais do Velociraptor e do T-Rex, por exemplo.

Três cheeseburgersFilha KellyExpressão de alegriaQuem também tem a função de deixar a plateia mais tensa são os caçadores cruéis e unidimensionais liderados pelo odiável Roland Tembo (Pete Postlethwaite), que ao menos tem raros momentos de humanidade, como quando pede pra ninguém contar pra Kelly que um homem tinha morrido ou quando lamenta a perda de um parceiro de equipe e diz que está cansado de andar ao lado da morte.

Mas, com o perdão do trocadilho infame, nem tudo está perdido. É fácil notar, por exemplo, que esta continuação é mesmo dirigida por Spielberg, já que o diretor demonstra sua habilidade na construção de narrativas capazes de prender nossa atenção desde os primeiros instantes, criando expectativa através do ataque à menina na Ilha no qual vemos os pequenos dinossauros cercando a garota, ouvimos seus gritos e acompanhamos a reação apavorada de seus pais, mas não vemos as consequências violentas daquele ato – infelizmente, o diretor já dava sinais da falta de coragem que marcaria sua fase seguinte ao fazer questão de ressaltar que a garota estava viva. Assim, o espectador mal pode esperar o reencontro com os gigantes animais jurássicos. Quando finalmente nos deparamos com eles, Spielberg novamente faz questão de primeiro ressaltar o olhar maravilhado dos personagens, para somente depois nos permitir admirar os imponentes dinossauros concebidos pelos impecáveis efeitos visuais da Stan Winston Studio – que, por sua vez, não apresentam grande evolução quando comparados ao primeiro filme (este sim um fenômeno na área). Finalmente, o diretor também constrói alguns planos interessantes e muito funcionais, como aquele em que vemos os Velociraptors se aproximando do grupo que caminha pela selva segundos antes do ataque arrasador.

Ataque à meninaOlhar maravilhado dos personagensVelociraptors se aproximandoAlém dos efeitos visuais, Spielberg conta também com o auxilio de sua equipe premiada por “A Lista de Schindler”, começando pelo diretor de fotografia Janusz Kaminski, que cria um visual sombrio e sufocante ao explorar muito bem o predomínio de cenas noturnas e as muitas chuvas que permeiam a narrativa. Da mesma forma, a montagem ágil de seu parceiro Michael Kahn confere um dinamismo interessante ao longa, o que é essencial numa aventura. E finalmente, se a trilha sonora de John Williams também aumenta a tensão em diversos instantes, acertando ainda ao utilizar a ótima música tema somente em momentos pontuais para evitar o desgaste da mesma, o ótimo design de som é parte fundamental no processo de dar vida aos dinossauros, tornando tudo ainda mais real aos olhos da plateia.

No entanto, a salvação de “O Mundo Perdido: Jurassic Park” está mesmo nas mãos de Steven Spielberg. Criando cenas de impacto que vão desde pequenos sustos – como no ataque repentino à base de operações durante a apresentação do projeto do Parque em San Diego – a momentos de alta tensão, o diretor confirma seu talento em sequências eletrizantes, como aquela em que acompanhamos Kelly e Sarah cavando simultaneamente aos Velociraptors que tentam invadir o esconderijo do qual elas tentam sair – numa cena, aliás, que reserva outro susto monumental ao espectador.

Cenas noturnas e as muitas chuvasAtaque repentino à base de operaçõesKelly e Sarah cavando simultaneamente aos VelociraptorsE se os “Raptors” garantem boas cenas, o que dizer então do T-Rex, que agora surge acompanhado e, portanto, duas vezes mais perigoso. Indicando novamente sua aproximação através da água (desta vez, uma poça faz a função do copo no primeiro filme), Spielberg conduz o ataque ao acampamento com maestria, gerando suspense ao trabalhar com elementos aparentemente inofensivos. Repare que, momentos antes, Sarah comenta sobre o sangue do filhote que não secou em sua blusa, o que nos faz grudar na cadeira enquanto o T-Rex cheira a blusa pendurada na cabana, gerando a correria histérica que resulta numa das raras mortes violentas do longa dentro de uma cachoeira.

Indicando aproximação através da águaSarah comenta sobre o sangue do filhoteT-Rex cheira a blusa pendurada na cabanaMas é mesmo a primeira aparição dos T-Rex que novamente se garante como o melhor momento do longa. Trabalhando mais uma vez com a noite, a chuva forte e agora agregando o telefone que toca sem parar e os gritos do filhote de T-Rex de dentro do trailer, Spielberg prepara o cenário ideal para a aparição do astro principal. Assim, o som indica a aproximação enquanto as árvores balançam e um carro arremessado confirma a fúria do predador, que surge com seu olhar penetrante na lateral do trailer, acompanhado por outro olhar que provoca a surpresa dos personagens e da plateia: eles vieram em casal. A sequência eletrizante continua com a entrega do filhote e o ataque que deixa o trailer pendurado no penhasco, chegando ao auge quando Sarah cai sobre o vidro, num momento de pura tensão que só termina quando o veículo finalmente despenca morro abaixo após deslizar pelo terreno. Após a cena de tirar o fôlego, a morte violenta de Eddie Carr (Richard Schiff) funciona como um sarcástico alívio cômico, assim como ocorria no primeiro filme com o homem sentado no vaso sanitário, só que desta vez com os animais brincando com o corpo dele.

Olhar penetranteTrailer pendurado no penhascoSarah cai sobre o vidroInfelizmente, o terceiro ato de “O Mundo Perdido: Jurassic Park” soa totalmente desnecessário, com o T-Rex surgindo na cidade de San Diego apenas para garantir alguns gritos e sustos a mais. Ao menos, garante uma boa piada quando um garoto diz para os pais que “tem um dinossauro no quintal”, mostrando ainda a curiosidade mórbida das pessoas que correm olhando para o T-Rex, num comportamento estranho do ser humano captado com precisão por Spielberg que nós voltaríamos a ver em “Guerra dos Mundos”.

No fim das contas, a continuação de “O Parque dos Dinossauros” funciona exatamente como o “Sítio B”, ou seja, seria muito mais assustadora e interessante se permanecesse apenas na imaginação dos fãs. No entanto, assim como seu terceiro ato, “O Mundo Perdido” é uma continuação desnecessária, porém divertida.

O Mundo Perdido - Jurassic Park foto 2Texto publicado em 27 de Outubro de 2013 por Roberto Siqueira

OS SUSPEITOS (1995)

(The Usual Suspects)

 

Videoteca do Beto #132

Dirigido por Bryan Singer.

Elenco: Gabriel Byrne, Benicio Del Toro, Kevin Pollak, Kevin Spacey, Chazz Palminteri, Stephen Baldwin, Pete Postlethwaite, Suzy Armis, Giancarlo Esposito e Dan Hedaya.

Roteiro: Christopher McQuarrie.

Produção: Michael McDonnell e Bryan Singer.

[Antes de qualquer coisa, gostaria de pedir que só leia esta crítica se já tiver assistido ao filme. Para fazer uma análise mais detalhada é necessário citar cenas importantes da trama].

Poucos recursos narrativos provocam tanto impacto no espectador quanto um final surpreendente – um tema, aliás, que já debati anteriormente. Em muitos casos, esta sensação de euforia faz com que o espectador se esqueça de eventuais problemas apresentados até aquele instante e acabe supervalorizando um filme apenas razoável, ao passo em que finais “decepcionantes” provocam exatamente o efeito inverso, levando o público a menosprezar filmes brilhantes somente por não concordar com o final. Felizmente, o thriller “Os Suspeitos” traz muitos mais do que seu final estarrecedor, prendendo o espectador durante todo o tempo graças ao excepcional roteiro, à direção segura de Bryan Singer e as ótimas atuações de seu elenco.

Escrito por Christopher McQuarrie, “Os Suspeitos” tem inicio quando cinco suspeitos de cometer um crime são presos e aproveitam a ocasião para planejarem outro assalto, que será realizado assim que eles saírem dali. O problema é que Dean Kenton (Gabriel Byrne) está apaixonado pela advogada Edie (Suzy Armis) e, por isso, não quer participar do grupo, mas acaba sendo convencido por Verbal Kint (Kevin Spacey) e se junta ao restante da equipe formada por Michael McManus (Stephen Baldwin), Fred Fenster (Benicio Del Toro) e Todd Hockney (Kevin Pollak). Surge então o misterioso Kobayashi (Pete Postlethwaite) para informá-los que eles deverão realizar um perigoso trabalho para o misterioso e temido Keyser Soze, só que o plano não é executado conforme eles planejaram.

Adotando uma estrutura narrativa complexa, que viaja no tempo sem qualquer lógica, o diretor Bryan Singer e seu montador John Ottman envolvem o espectador desde seus minutos iniciais, quando um crime misterioso nos leva pra dentro de uma investigação policial. Através de muitos flashbacks, como aquele que nos apresenta aos cinco suspeitos enquanto acompanhamos a prisão de cada um deles, o diretor trabalha o intrincado roteiro com cuidado, inserindo elementos que auxiliam na investigação sem jamais deixar o espectador confuso, fazendo com que o espectador participe ativamente do processo e tente descobrir a identidade do criminoso. Nesta busca pela revelação da identidade do misterioso Keyser, o espectador se sente o próprio investigador, prestando atenção nos mínimos detalhes que podem ajudar na solução do caso.

Ciente do interesse que o roteiro gera na plateia, Singer aproveita para brincar com nossa expectativa, seja através do óbvio momento em que não revela o rosto do Keyser durante um assassinato ou ao esticar ao máximo o interrogatório feito num hospital, onde um sobrevivente húngaro pode ajudar a identificar o criminoso, mas tem a tarefa dificultada por seu grave estado de saúde e pela barreira do idioma. Por outro lado, Singer força a identificação da plateia com os suspeitos, posicionando sua câmera na linha da cintura dos policiais durante o interrogatório inicial, o que coloca os personagens numa situação desfavorável e acaba conquistando a empatia da plateia – por pior que seja o personagem, o espectador sempre se identifica quando ele surge vulnerável. Singer ainda emprega movimentos elegantes, como o zoom que realça o momento em que Verbal convence Keaton a participar do grupo ou os travellings idênticos que revelam, em instantes diferentes, o navio que deveria ser assaltado.

Empregando cores sem vida nas sequências dentro da delegacia, a fotografia de Tom Sigel cria um contraste interessante com o visual mais colorido que acompanha as ações dos criminosos – como num assalto em plena luz do dia -, simbolizando a satisfação deles nestes momentos e o desconforto que sentem em território policial. Da mesma forma, Sigel ilustra a tristeza do grupo no enterro de Fenster através do visual obscuro, que também surge na seqüência do assalto ao navio, reforçado pela noite e pela trilha sonora agitada de John Ottman que ampliam a tensão.

Mas apesar da parte técnica eficiente, é mesmo no roteiro de Christopher McQuarrie e nas boas atuações que residem às maiores qualidades de “Os Suspeitos”. Observe, por exemplo, como McQuarrie insere dicas sutis sobre a identidade do Keyser, mas jamais as escancara ao ponto do espectador perceber o que está acontecendo – repare a similaridade entre a roupa de Verbal num dos interrogatórios e a roupa do criminoso na cena que abre o longa. São detalhes sutis, mas que servem para indicar o surpreendente desfecho. E nas mãos de um grande ator como Kevin Spacey, este roteiro é um prato cheio para uma grande interpretação.

Surgindo misterioso e até mesmo inofensivo graças ao olhar sempre distante e a postura reprimida – além é claro de sua deficiência física -, Verbal dá sinais de sua faceta agressiva nos diálogos sempre carregados de tensão com o agente Kujan (Chazz Palminteri), mas tem o extremo cuidado de jamais ultrapassar o limite do aceitável e prejudicar seu plano ambicioso, como quando seu sorriso cínico durante uma pergunta some imediatamente quando o investigador se movimenta para frente dele. Aproveitando-se da imunidade que conquistou, ele se sente a vontade diante dos policiais, mas faz questão de parecer acuado na maior parte do tempo – observe o susto que ele leva quando um policial abre a porta da sala repentinamente -, o que é vital para o sucesso de sua estratégia. Empregando um tom de voz tranquilo enquanto narra os eventos, Spacey convence os policiais e o espectador de que está falando a verdade, o que, somado à sua convincente reação ao ouvir Kujan afirmar que Keaton era o Keyser, também é fundamental para que a última reviravolta funcione.

Apaixonado pela advogada criminalista Edie, Keaton hesita antes de voltar para a vida de crimes, justamente por não querer desagradar sua namorada – observe, por exemplo, sua hesitação no diálogo com Verbal que precede o assalto ao navio. Demonstrando bem este conflito, como quando não consegue atirar num homem em um assalto – numa cena, aliás, que demonstra que Verbal não é tão inofensivo assim -, Byrne cria um personagem ambíguo e misterioso, que também é fundamental para que o espectador não concentre sua atenção em Verbal. Afinal, sabemos que se trata de um criminoso respeitado pela forma como os outros se comportam diante dele, mas suas roupas elegantes (figurinos de Louise Mingenbach) indicam uma boa situação financeira, provavelmente resultado da vida estável que leva atualmente. Quando ele decide participar do grupo, o espectador naturalmente passa a focar mais a atenção nele.

Fechando o elenco, Stephen Baldwin vive o intempestivo Michael McManus, Kevin Pollak interpreta Todd Hockney e o ótimo Benicio Del Toro, ainda nos primeiros anos de carreira em Hollywood, surge com um sotaque que delata sua origem latina na pele de Fred Fenster. Já Pete Postlethwaite faz seu Kobayashi soar ameaçador desde que se identifica como contratado pelo Keyser e, especialmente, quando intimida os suspeitos após quase ser morto num elevador, assim como Chazz Palminteri transmite bem a angústia de Kujan durante a investigação, surgindo impaciente diante da natureza misteriosa do caso em que se envolveu.

Ainda assim, Kujan consegue chegar numa conclusão e a primeira reviravolta surge como uma bomba quando ele afirma que Keaton era o Keyser, algo que o espectador dificilmente imaginaria. E com razão, pois quando a xícara de café se estraçalha no chão, a expressão de Kujan indica uma surpresa ainda maior – e agora sim o espectador tende a ficar boquiaberto. Ao ver que os nomes citados por Verbal durante todo o interrogatório estavam escritos nos papéis pendurados num quadro da delegacia, o investigador compreende, assim como o espectador, que o Keyser esteve sempre ali, na frente dele, e saiu andando tranquilamente pelas ruas da cidade (confesso que cheguei a cogitar esta possibilidade durante a narrativa, mas descartei-a momentos depois). E então Singer revela num plano maravilhoso que Verbal sequer era deficiente enquanto este entra no carro do parceiro “Kobayashi” e se perde no horizonte. Um final arrebatador e inteligente, que provoca uma sensação gostosa de desorientação na plateia.

Na maioria das vezes em que isto acontece, o espectador tende a afirmar que assistiu a um grande filme. No caso de “Os Suspeitos”, ele tem razão.

Texto publicado em 01 de Julho de 2012 por Roberto Siqueira